Histórias


Contavas histórias que me faziam sonhar. Acabavam em bem ou mal, mais lágrimas menos lágrimas, o sentimento, os entre risos e os olhares eram sempre os mesmos, sabias que e história era o pretexto, o conteúdo eras apenas tu. Tu fazias-me sonhar. Tu fazias-me acreditar. Tu tornavas-me forte. Tu eras o bom e o mau, o forte e o fraco, o lutador e o não lutador. Mas nunca o vencido, apenas o vencedor. Eras aquele e o outro, eras tudo e ao mesmo tempo nada, eras o meu segredo, a minha verdade a tentação. Horas e horas a ouvir-te sabendo que apenas de histórias se tratavam. Histórias de amor, e de guerra, de vencedores e lutadores. Histórias de vida como a tua e a minha. Até àquela que se tornou uma de muitas, mas única, por talvez ser verídica, mas que sem mais nem menos, sem sins nem porquês, sem nãos ou respostas ou até mesmo questões houvessem. O que sobrou foi o bilhete que te deixaram com um simples "Adeus!" Magoou-te, mas não o querias mostrar. Acabou aquela história de muitas, mas que marcou mais que as outras. Ao que fui ter contigo a segredei-te "comigo será apenas um até já!" sorri. Tu sorris-te e "Um até já, e que seja breve."
2010


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