
Era criança, e tu criança eras. Deste-me a mão mas nada mudou, era como um jogo. O jogo da apanhada por exemplo, eu corro e apanho-te tu foges mas sempre devagar para eu não ficar triste por tu seres mais rápido. Sempre que te apanhava o meu coração batia, mas era de tanto correr para te apanhar,Seguia-se outro jogo, e mais outro, Sem parar, eramos felizes se problemas. Mas crescemos. e deixa-mos as brincadeiras e as apanhadas, deixamos as correrias, porque queremos que tudo passe devagar para que possamos viver bem devagar e quanto mais tempo melhor. Mas tu foste embora sem avisar, quer dizer levaram-te sem me pedir autorização, mas claro, como se fosse preciso, eu era apenas uma pequena criança que brincava contigo, que te dava a mão,que era feliz a teu lado apenas por existires e estares comigo. Mas foste embora sem qualquer rasto. Os anos foram passando, eu cresci, mas ainda me lembro de tudo como se ainda o vive-se actualmente. Nunca mais tive noticias tuas, uns diziam que tinhas ido para fora, outros que apenas estavas farto das discussões que te rodeavam e levaram-te para bem longe. Nunca soube ao certo o eu destino, mas nada importava, a minha imaginação alimentava sempre a esperança de algum dia te poder voltar a apanhar como dantes, e ai nunca mais te largar. Um dia acordei, farta de ser crescida, farta de responsabilidades e decidi visitar onde nos divertiamos, onde realmente fui feliz. Sentei-me! O vento batia-me na cara, a gargalhadas que davamos ainda as ouvia como se os nossos fantasmas se tivessem eternizado lá.Ouvi passos, que se aproximavam, e escondi-me por de trás de uma árvore, era um rapaz. Sentou-se onde eu estava não se moveu durante meia hora, até que fechou os olhos, e sussurrou para ele "quem me dera voltar a ser criança", levantou-se e fixou a árvore onde me escondia, Aquele olhar triste ainda de criança, pele branca mas aparentemente sempre macia, sorriso traiçoeiro, cabelos loiros sempre encaracolados. Apareci. Ele não ficou surpreso, sabia desde sempre que o estava a ver, quando eu corri abracei-o, olhei-lhe nos olhos e disse voltas-te.E ele disse "nunca fui embora, estive sempre aqui neste parque á tua espera, e tu sempre na minha cabeça". Apenas sorri, e que nada bastava dizer. Durante tanto tempo, que passou, apesar de sermos injenuos, de apenas brincar-mos sempre soubemos que nunca nos esqueceriamos um do outro. O tempo, a distância ou até mesmo o destino, nada nos separaria para sempre.Hoje que voltaste, nunca te largarei. Ao que ele disse "que voltei? tu é que vies.te ter comigo!"Ao inicio não entendi, mas como sendo viva poderia ver os nossos fantasmas, como sendo viva poderia voltar a viver tudo?!Caiu-me tudo, tu tinhas morrido, há tanto tempo a trás, tu não foste levado, levaram-te, ou melhor, obrigaram-te a ir. E a verdade nunca me disseram porque saberiam que talvez fize-se o mesmo.Foste novo para quê? Tinhas algo maravilhoso pela frente, mas tiraram-te tudo. Mas já não importa, viva ou não, sei que agora Para Sempre estarei contigo! Onde? Como? O quê?Nada importa! tu estás? se sim isso basta para sorrir!
amoooooor, amei mesmo $: , sabes muito bem que vou sempre amar os teus textos ! amoo-teee *.*
ResponderEliminarby: andreiasilva <3